sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Construção do Perfil Topográfico

Um perfil topográfico é um diagrama que representa o modelado da superfície de um terreno em uma determinada secção ou corte, realizado por um plano vertical.


O perfil se compõe de:

a)    uma linha de base horizontal que representa o limite inferior e deve ter uma altitude menor que a da curva de nível de menor valor seccionada pelo corte;
b)    duas linhas verticais laterais que delimitam o perfil e que, pelo menos, uma delas deve conter uma escala gráfica;
c)    uma linha superior irregular que representa a intersecção do plano vertical com a superfície do terreno.

Em um perfil, a escala vertical não é, necessariamente, igual à escala horizontal. É muito comum a utilização de escalas verticais maiores que as horizontais, principalmente nas regiões mais ou menos planas, a fim de ressaltar o relevo. A relação entre as escalas horizontal e vertical denomina-se exagero. O exagero máximo recomendado é de 20 vezes, ou seja, a escala vertical deve ser, no máximo 20 vezes maior que a horizontal. 

Um perfil topográfico deve conter as seguintes informações:

a)    valor das escalas horizontal e vertical;
b)    orientação geográfica na parte superior dos limites do perfil;
c)    nomenclatura do perfil escrito na parte inferior dos seus limites (na fig. A.21, perfil denominado XY);
d)    posição e nome dos principais acidentes topográficos (rios, cidades, estradas, serras etc.

Para se elaborar um perfil topográfico (figs. 1.20 – 1.21) deve-se proceder da seguinte maneira:

a)    coloca-se um papel de bordo reto, preferencialmente milimetrado, sobre a linha que marca o perfil, de maneira que o Norte do mapa fique sempre visível, ou seja, acima do papel milimetrado. No caso de perfis de direção N-S, o Leste é que deve ficar na parte superior do papel.
b)    sobre o bordo do papel, marca-se a intersecção do papel com as diversas curvas de nível, assinalando-se suas altitudes, a posição e o nome dos principais acidentes topográficos seccionados;
c)    constrói-se uma escala gráfica vertical nos limites do perfil que deve conter todos os valores das curvas de nível interceptadas;
d)    projetam-se, ortogonalmente, os diversos pontos de intersecção das curvas de nível até a posição correspondente à sua altitude;
e)    após todos os pontos serem projetados, deve-se uni-los por uma linha sinuosa, de maneira suave e contínua até os limites do perfil;
f)     colocam-se as demais informações.






Material extraído de: MARANHÃO, Carlos Lôbo. Introdução à interpretação de mapas geológicos. Fortaleza : Editora da Universidade Federal do Ceará, 1995. 131 p. ISBN 857282010-8.

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